terça-feira, 30 de abril de 2013

"Parabéns, mamãe!"


Essa frase é linda, uma delícia de escutar... quando nos achamos estruturadas para receber um bebê, não é? É! E ainda sim sempre ficamos sem saber direito o que pensar e a ficha demora a cair.  Escutar isso, num sábado de manhã cedo, após uma festa de formatura, fazendo um ultrassom sem desconfiar de nada é de perder o chão e achar que não vai conseguir achá-lo mais (mas ele volta)!!!!!





No dia 01/02/2007, um sábado, logo pela manhã, tinha ultrassom marcado para conferir se tinha algo que justificava a ausência de menstruação (antes de tudo: a minha sempre foi irregular, então quando não desceu, nem me preocupei). Eu tinha todos os sintomas típicos da gravidez, mas também sempre tinha uma justificativa e eu não queria desconfiar que poderia ser isso mesmo.
Logo que o exame começou, expliquei a situação para a médica e em seguida ela me fala: "Tá explicado porque vc não menstrua. Tem um bebê aqui! Você está grávida!" E quando eu olho para a tela vejo aquele corpinho pronto, formadinho! Ooooops, cadê o chão??!! Fiquei em estado de choque... não conseguia falar nada e para completar, eu já estava com 3 meses e meio de gestação! Sinceramente, nem lembro como saí da clínica. Era impossível de acreditar que era verdade! 
Eu já morava em Campinas, mas fiz o exame em Campo Grande e logo voltaria para casa. Acho que fiquei umas 3 semanas em estado de choque... tinha a impressão que não conseguia piscar os olhos! Só pensava como eu estava grávida com 19 anos, não namorava o pai do bebê e nem pretendia voltar com ele, como contaria para a família, a reação do meu pai, eu não estava pronta para ser mãe e por aí vai.... a minha única certeza era que se eu tinha descoberto a gravidez num estágio avançado e o bebê estava perfeito e formado, Deus tinha me mandado uma menina! (eu falava que queria 4! rsrsrs) Eu queria tanto uma menininha... mas nesta situação? Não! Eu não podia estar grávida!
Liguei para minha ginecologista e contei tudo, até ela assustou porque tinha me visto no consultório antes do exame e não percebeu nada?! Ela tentou me ajudar se oferecendo para contar ao pai do bebê e minha mãe (que é amiga dela), mas sem sucesso porque eu não estava pronta para dividir isso com ninguém.
A minha ficha caiu depois de 1 mês eu acho, mas o conflito interno estava apenas começando! A famosa "luz no fim do túnel" não aparecia por nada! Eu só chorava todos os dias e isso continuou por mais uns 3 meses!
Esse foi o primeiro capítulo de uma looonga história... amanhã conto mais para vocês!

Beijos,

Thaty.


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